30/08/13

O COMANDANTE DA POLÍCIA QUE DESTRÓI PONTES



Os métodos de sabotagem institucionais e pró-MPLA de actividades políticas da oposição atingiram o seu ponto mais caricato com a destruição de duas pontes para impedir a travessia de uma caravana de cerca de 150 militantes da CASA-CE, na província do Huambo.

Testemunhas oculares, que constituíram o grupo de avanço da delegação da CASA-CE, viram o comandante municipal do Ukuma, superintendente Jorge Balú “Sankara”, munido de uma moto-serra, a serrar a ponte, enquanto um cidadão chinês o auxiliava com uma marreta. A ponte de troncos e pranchas de madeira, sobre o rio Capraia, que liga a sede municipal do Ukuma à comuna sede da Cacoma, foi assim destruída no Domingo passado, 25 de Agosto.

Os militantes da CASA-CE deveriam juntar-se a partidários seus, na Cacoma, para um acto político de massas, entretanto frustado pela destruição da ponte.

“O comandante estava trajado a civil, de camisola e chapéu a cowboy e, a princípio, julgámos que se tratava apenas de um cidadão. Mal ele viu-nos [com a aproximação da caravana da CASA-CE] entregou a moto-serra ao chinês. Eu fui ter com ele e perguntei-lhe porquê estava a destruir a ponte”, explicou o secretário provincial da CASA-CE, Pedro Cosengue.

Segundo depoimentos de vários membros da CASA-CE, o superintendente Sankara tinha, como testemunhas do seu acto, o secretário-adjunto comunal do MPLA e o soba Kamutale do Longongo Alto. Também mantinha, a uma certa distância, uma escolta de dois agentes policiais.

Fonte da administração municipal do Ukuma, contactada por Maka Angola, confirmou a iniciativa do superintendente Sankara, de destruição pessoal da ponte, mas como um acto de reabilitação. “O comandante é amigo do administrador da Cacoma, que lhe contratou para reabilitar a ponte”, disse a fonte, que prefere o anonimato.

“Não posso confirmar que o nosso comandante seja empreiteiro. Cada um pode encontrar outras alternativas de ganhar a vida, mas com o tipo de funções que ele exerce deveria ter tido mais cuidado. Quando ele viu a caravana da CASA-CE a aproximar-se, ele deveria ter-se escondido na mata. Infelizmente deixou-se surpreender. É tudo”, afirmou o alto funcionário da administração local.

Outro dirigente da administração do Ukuma, que pediu para não ser identificado, confirmou que o comandante Sankara tem utilizado a única viatura do comando municipal para transportar materiais de construção e os seus trabalhadores privados para as suas obras. “O comandante municipal da Polícia Nacional está a construir uma escola no Mundundo, como empreiteiro contratado pelo Estado, mas aqui ninguém sabe como se chama a sua empresa”, disse o dirigente.

Momentos após a abordagem do comandante pelos líderes da caravana, a viatura policial que serve de patrulheiro e carro de obras, irrompeu no local, com oito efectivos fortemente armados, para assegurar a protecção do seu comandante, o superintende Jorge Balú “Sankara”.

No entanto, quando a CASA-CE solicitou ao comando municipal da Polícia Nacional, antes da sua partida da vila de Ukuma, escolta policial para o acompanhamento da sua actividade, o oficial de serviço informou a delegação sobre a falta de viaturas e efectivos para o efeito.

A poucos quilómetros do local da ponte destruída, uma outra ponte, esta sobre o Rio Sachingongo, foi também inutilizada.

“O homem havia retirado os troncos e madeiras, mas como também precisaria passar outra vez pelo local, tinha guardado os troncos junto à estrada. Reabilitámos a ponte e passámos”, disse Pedro Cosengue.

Constituída por nove viaturas e várias motorizadas, a caravana da CASA-CE levou perto de uma hora para repor a ponte, mas uma das suas viaturas não pôde atravessar devido à sua baixa suspensão.

“Um jovem avisou-nos imediatamente sobre o autor do crime. O jovem disse-nos: ´Há um tio que fez isso e está a serrar a ponte mais à frente’. Longe de imaginarmos que era o próprio comandante municipal da Polícia Nacional”, lamentou o político.

Por sua vez, o secretário municipal da CASA-CE no Ukuma, Deódenes Moma, salientou que havia uma passagem alternativa para a Cacoma, a vários metros da ponte serrada, mas esta tinha sido propositadamente bloqueada por um camião-basculante. “Quando nos retirámos do local e regressámos à procedência, o chinês levou o seu camião e passou a haver a circulação de através da ponte alternativa”, referiu.
 
A Impunidade do Comandante

O melhor retrato que se pode apresentar do superintendente Jorge Balú “Sankara” é espelhado no tratamento que reservou a um subordinado seu, em Maio passado, que teve uma altercação com a esposa. O comandante ordenou a dois agentes, Bento e Arão, a imobilização do agente Armando Chilandala, que foi obrigado a deitar-se no chão, estirado. O agente Bento pisou-o na cabeça, enquanto o agente Arão agarrou os pés de Armando Chilandala.

Tendo por audiência os efectivos do comando municipal, o comandante Sankara tratou de surrar o agente Chilandala com uma mangueira de água, enquanto o ia molhando para causar maior dor. Ninguém impediu a brutalidade do chefe.

O referido oficial é bastante conhecido pelos seus métodos medievais de espancamento. Em Janeiro passado, o comandante Sankara zurziu as nádegas molhadas de um cidadão, conhecido apenas por Zé, que até à data presente se queixa de dores.

“Esse oficial é tão bruto que, quando ele está de serviço, não fica no gabinete, mas faz de oficial de dia para tratar pessoalmente das queixas e espancar quem ele julga ter culpa, ali mesmo na unidade”, reclamou um agente.

Maka Angola tentou, sem sucesso, contactar pessoalmente o comandante Sankara. Todavia, soube junto do comando provincial do Huambo, que as queixas apresentadas contra o comandante municipal do Ukuma foram ignoradas pelo departamento provincial de inspecção.

Fonte: MakaAngola

29/08/13

ANIVERSÁRIO DO CIDADÃO EDUARDO DOS SANTOS É ASSUNTO PARTICULAR




COMUNICADO
Sob a presidência do seu líder Dr. Abel Chivukuvuku, o Conselho Presidencial da CASA-CE reuniu-se nesta quinta-feira 29 de Agosto de 2013, na sua Sede Nacional para analisar a situação política, social e económica do país.
A reunião contou com a participação de todos os seus integrantes, tendo deliberado sobre os seguintes aspectos:
1.    O Conselho Presidencial da CASA-CE felicita o Ministério do Emprego e Segurança Social, por finalmente ter aceite a proposta da CASA-CE, apresentada aquando da campanha eleitoral de 2012, que no essencial habilita o ingresso na função pública, sem limites de idades.

2.    O Conselho Presidencial da CASA-CE deplora o uso abusivo dos meios públicos de comunicação social, feito pelo Executivo, na exaltação do aniversário do cidadão José Eduardo dos Santos, um acontecimento relevante da vida particular e não assunto de interesse do Estado angolano. Esta prática de força, sobre as respectivas redacções, contraria o discurso do próprio Titular do Poder Executivo que prometeu aquando da sua investidura, tornar a imprensa pública ao serviço do interesse público.

3.    O Conselho Presidencial da CASA-CE, condena nos mais enérgicos termos, a violência gratuita sobre os detidos das cadeias do país, com relevância o episódio da brutalidade descrita como tendo ocorrido na Comarca da Viana, onde agentes da segurança da referida unidade são vistos a cometer barbáries contra os reclusos.

3.1.        Assim, o Conselho Presidencial da CASA-CE, insta o Titular do Poder Executivo, através do departamento ministerial respectivo a responsabilizar disciplinar e criminalmente os agentes implicados neste acto abominável contra os presidiários de Viana e do país.

4.    Por outro lado, o Conselho Presidencial da CASA-CE, deplora a forma como o Executivo procura mitigar os efeitos da seca no sul do país, bem como, a propaganda e o aproveitamento político que faz, sem que no essencial, apresente uma estratégia de solução definitiva para médio e longo prazos, situação que perpetua as incertezas da vida das populações, que sobrevive graças às mãos caridosas e solidárias das pessoas singulares e colectivas.

5.    O Conselho Presidencial da CASA-CE manifesta a sua profunda preocupação pelo agravamento, um ano depois da realização das Eleições Gerais realizadas em Agosto de 2013, das condições económicas e sociais precárias impostas pelo regime à maioria da população angolana, situação contrária aos elevados índices de crescimento das receitas fiscais petrolíferas e não petrolíferas.

6.    O Conselho Presidencial da CASA-CE vem denunciar, a onda de intimidação contra os jornalistas, mediante a instrumentalização dos órgãos de justiça, particularmente da PGR que como tudo indica, tem mandato de instruir processos de delito de opinião, contra certos profissionais de imprensa.

A par disso, integrando uma estratégia de pôr em sentido os homens e as mulheres que se opõem à linha dos unanimistas, a acção da PGR, deve ser interpretada como estando em sintonia com as medidas de suspensão dos profissionais de imprensa nas respectivas redacções.

7.    O Conselho Presidencial da CASA-CE congratula-se com o Congresso Ordinário do Palma realizado no dia 24 de Agosto de 2013 e felicita todos militantes do PALAMA pelo êxito alcançado ao terem dado este primeiro passo político decidido no Iº Congresso Extraordinário da CASA-CE de Abril de 2013 e que visa agilizar as formalidades jurídicas com vista a transformação da CASA-CE em Partido Político.


Luanda, 29 de Agosto de 2013

O CONSELHO PRESIDENCIAL

09/08/13

CALULO RECEBEU CHIVUKUVUKU


Reunião com membros das autoridades tradicionais...
Abel Chivukuvuku esteve entre os milhares de espectadores que lotaram nesta quinta-feira o estádio de  Calulo, no encontro de acerto de calendário do Girabola, pontuável para a 19ª jornada, que opôs a equipa local ao Primeiro de Agosto, clube afecto as forças armadas. O resultado saldou-se no empate a um golo.
O presidente da CASA-CE  iniciou a sua visita a região na sede da capital provincial, onde se avistou com os seus responsáveis máximos, governadores e vice-governadores.
Encontro com a juventude patriótica...
Chivukuvuku recebido pelo governador Eusébio de Brito Texeira
Ido do Mussende, a caravana do presidente fez diversas paragens pelas  aldeias que encontrou no percurso até Calulo, possibilitando  auscultar as inquietações que lhe eram apresentadas.
Abel Chivukuvuku, visitou demoradamente o hospital  local no período da manhã.

08/08/13

ANGOLA PROCURA PARADEIRO DO PRESIDENTE


Jose Eduardo dos Sanots, presidente de Angola (Arquivo)
O presidente da República, José Eduardo dos Santos, encontra-se ausente do país há mais de 40 dias, sem uma explicação oficial.

Por norma, quando o presidente viaja para o interior ou exterior do país, os principais membros dos órgãos de soberania e do seu executivo perfilham-se em cumprimentos de despedida junto ao avião. O ritual repete-se no seu regresso.

A 26 de Junho passado, José Eduardo dos Santos embarcou na Base Aérea Militar nº 1, em Luanda, com destino a Barcelona. A sua viagem foi anunciada publicamente pela presidência e destacada pelos mídia estatais como “visita de carácter privado”. Em 34 anos de poder, esta é a primeira vez que Dos Santos se encontra ausente do país, de forma ininterrupta, por mais de um mês.

No ano passado, o presidente esteve em Barcelona por duas semanas, em visita privada. À chegada a Luanda, a 11 de Julho de 2012, o então vice-presidente Fernando Dias dos Santos “Nandó”, apresentou-lhe os cumprimentos de boas-vindas, com cobertura mediática. O mesmo aconteceu em 2011 e em 2009.

Estranhamente, o presidente apenas realiza ou anuncia visitas privadas a Barcelona. Será a única cidade no mundo que lhe agrada visitar?

Rumores, com origem no seu séquito, referem sempre as suas viagens à Espanha como visitas para exames ou tratamento médico. Também se diz que, em algumas ocasiões, o presidente passa apenas por Barcelona, com destino ao leste da Europa, para cuidar da sua saúde em segredo.

Em 2006, após uma fuga de informação ter gerado notícias na imprensa brasileira, a Presidência da República sancionou a divulgação da informação em Angola sobre o internamento do presidente numa clínica no Rio de Janeiro, Brasil.

A notícia indicava que Dos Santos havia tido “uma reacção alérgica ao iodo radioactivo usado como contraste num exame, mas já teve alta e está de boa saúde”.

A Angop referiu também que o Chefe de Estado padecia, há alguns anos, de uma lesão no tendão de Aquiles, do pé esquerdo.

José Eduardo dos Santos é, antes de tudo, um ser humano. É espantoso como a sua imagem foi construída como alguém que não adoece nem precisa de férias, mas apenas de visitas privadas a Barcelona.

A ausência injustificada do presidente do país é uma grande falta de respeito à sociedade angolana. É um acto de arrogância que demonstra, sobremaneira, o grau cumulativo de indiferença, apatia e ignorância que enfermam a nossa sociedade.

No entanto, o cerne da questão, sobre a ausência do presidente, pouco tem a ver com o seu estado de saúde. A preocupação deve ser mais profunda.

Estranhamente, a ausência do presidente Dos Santos gera um ambiente político sereno. O sistema de auto-gestão do seu executivo é menos danoso: “patrão fora, dia santo na loja”. A população, no geral, manifesta indiferença à sua ausência. Essa indiferença pode ser interpretada como um alívio no contexto actual em que o regime se serve apenas do Estado e trata a população, para além da necessidade do voto, como marginal.

De certo modo, a sociedade sente mais a presença do presidente em quatro vertentes fundamentais: a sua especialidade no controlo do aparelho repressivo; a sua mestria na gestão dos assuntos e fundos do Estado como actos sobre a sua propriedade privada; a sua excelência na manipulação dos jogos de intrigas políticas, sociais e económicas a seu favor; o seu poder de infiltração e corrupção de governos estrangeiros, sobretudo o português, por via da satisfação dos seus interesses económicos, para sua legitimação e protecção internacional.

Caso Angola tivesse instituições soberanas subordinadas ao Estado democrático e de direito, a Assembleia Nacional, já deveria estar a trabalhar na substituição do líder ausente.

A lei concede a todos os funcionários públicos, incluindo o mais alto magistrado da Nação, um período de férias anual de 30 dias. O presidente da República não está acima da lei, como ele próprio cinicamente faz questão de lembrar aos seus principais críticos. Do mais alto servidor público esperam-se exemplos que inspirem o escrupuloso cumprimento da lei.

Ao exceder largamente o período de férias a que tem direito, sem justificação oficial, José Eduardo dos Santos incorre no acto de abandono do lugar. Cabe ao Tribunal Constitucional, de acordo com a Constituição, verificar a vacatura do cargo de presidente da República.

Ninguém nega a Dos Santos, como qualquer servidor público, o direito de desfrutar de férias anuais. Como qualquer mortal, ninguém exige que JES seja imune a doenças e à necessidade de assistência médica.
Mas férias ou idas a médicos explicam-se facilmente. Todos os angolanos aceitariam com naturalidade a informação de que o presidente da República está enfermo. Quem está livre disso? Fazer de Dos Santos um ser mitológico como o grego Aquiles, aparentemente imune a doenças e de todo invulnerável, excepto no tendão, só provoca especulações.

A questão fundamental reside em aferir até que ponto José Eduardo dos Santos faz falta à sociedade, na condição de presidente. O fim do seu poder significaria o caos para Angola ou o início de uma nova era de liberdade e democratização efectiva?

Ao ignorar o poder dos soberanos que o elegeram, de forma atípica, José Eduardo dos Santos legitima as exigências para a sua demissão.

O país não deve continuar refém da figura do actual presidente do MPLA e da República.

Fonte: Maka Angola

07/08/13

CHIVUKUVUKU NA GABELA



É PRECISO TER FÉ, A MUDANÇA VAI ACONTECER
 
Abel Chivukuvuku cumprimenta anciã, numa das ruas do Nsumbe (Arquivo)
O presidente da CASA-CE prossegue o périplo pelo interior do Kwanza Sul, província que visita desde o começo da semana.

Abel Chivukuvuku que iniciou a sua “tournée”no Nsumbe capital da província, reuniu-se com os jovens locais de diversos extractos sociais a quem falou do “estado da Nação”.

O líder da coligação chamou atenção para a necessidade do maior activismo da juventude. “O jovem da CASA-CECE tem de ser um revolucionário” disse.

O responsável da força revelação, assegurou aos presentes que apesar do cepticismo que tomou conta de muitas pessoas, a mudança em Angola será inevitável, de forma ordeira, positiva e pacífica. “É preciso acreditar, ter Fé, ter ambição, coragem...”

Abel Chivukuvuku, numa das suas viagens ao interior(Arquivo)
O presidente Chivukuvuku criticou a corrupção reinante, a impunidade e falou do projecto de sociedade da CASA-CE, assim como fixou metas a alcançar nas vindouras eleições.
Esta movimentação do presidente e delegação que o acompanha, decorrerá ao longo desta semana.
Abel Chivukuvku deixou o parlamento, para dedicar-se a dinamização da estrutura partidária, tendo em vista os desafios eleitorais de 2015 e 2017.