29/07/13

DNIAP INTERROGA JORNALISTA A 31 DE JULHO



O jornalista e defensor de direitos humanos Rafael Marques de Morais será interrogado na próxima Quarta-feira, 31 de Julho, às 10h00, na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), segundo mandado de notificação emitido pelo Procurador-Geral adjunto da República, Beato Manuel Paulo.
 
A directora nacional da DNIAP, Júlia Rosa de Lacerda Gonçalves, notificou o jornalista, a 17 de Julho, para interrogatório a 23 do mesmo mês, tendo-o constituído em arguido em 11 queixas-crime em simultâneo. A sessão de interrogatório não se realizou por ausência dos magistrados.
 
Em nenhuma das notificações recebidas pelo jornalista são mencionados os queixosos ou os crimes de que é acusado. Um dos casos, para o qual Rafael Marques de Morais foi interrogado a 3 de Abril passado, está relacionado com o seu livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola. No Caso 58/2013, o defensor dos direitos humanos foi simultaneamente constituído em arguido e assistente, apesar de não lhe ter sido prestado formalmente informação específica sobre a queixa ou os queixosos.
 
O interrogatório terá lugar nas instalações do DNIAP, no Largo do Amor, no Bairro Vila Alice, em Luanda. 

Fonte: MakaAngola

12/07/13

CHIVUKUVUKU EM CABO VERDE, CONVIDADO PELO MpD




NOTA DE IMPRENSA


 No quadro dos convites que a CASA vem recebendo das entidades políticas e civis estrangeiras o Conselho Presidencial da CASA-CE, vem através da presente tornar público o seguinte:

1.      A CASA-CE, recebeu no dia 20 de Junho do corrente ano, uma carta convite do Partido de Cabo verde, Movimento para a Democracia, na qual exprime a sua vontade e desejo de ser honrado com a presença da delegação da CASA-CE, liderada pelo companheiro Presidente Abel Epalanga Chivukuvuku, na X Convenção a ter lugar na cidade da Praia de 12 a 14 de Julho corrente.

2.      O Conselho Presidencial da CASA-CE, reunido no dia 23 de Julho de 2013, decidiu aceitar o convite formulado e para a ocasião deliberou na composição da delegação da CASA-CE, constituída pelo companheiro Presidente Abel Epalanga Chivukuvuku, Companheiro Conselheiro Willian Afonso Tonet e o companheiro António Milú Tonga, Assistente Principal da Presidência.

3.       O Conselho Presidencial da CASA-CE informa que no cumprimento da sua deliberação, a delegação Presidencial da CASA-CE que irá assistir a X Convenção do MpD, deslocar-se-á para cidade da Praia no dia 11 de Julho corrente (Quinta Feira), com regresso previsto para o dia 15 de Julho.

4.      Durante a estadia, na cidade da Praia, a delegação Presidencial da CASA-CE manterá contactos com as entidades políticas e civis de Cabo-verde bem como a comunidade Angolana ai residente, a quem será prestada a informação sobre a situação social, económica e politica de Angola.


Luanda, aos 10 de Julho de 2013. -

O Conselho Presidencial

11/07/13

SOGRO CONVOCA BENTO KANGAMBA





O escândalo do general Bento dos Santos “Kangamba” no Mónaco começa a ganhar novos contornos políticos. Preocupado com o caso, o presidente José Eduardo dos Santos convocou o general para que este lhe prestasse explicações sobre o sucedido.
O general Bento Kangamba passou quatro dias em Barcelona, Espanha, onde o presidente também se encontrava em visita privada, iniciada a 26 de Junho. Após a sua saída precipitada do principado de Mónaco, onde se encontrava com uma corte de 20 amigos, o general e dirigente do MPLA regressou a Portugal, onde recebeu a chamada do Chefe de Estado.
Bento Kangamba foi indicado como o destinatário dos cerca de três milhões de euros (US $4 milhões) apreendidos no sul de França. A acção policial francesa resultou na detenção de um total de oito indivíduos. Inicialmente, Maka Angola reportou a detenção de cinco cidadãos angolanos, portugueses e um cabo-verdiano, por suspeita de branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores. Entre os detidos encontram-se Carlos Silva, funcionário de Bento Kangamba em Portugal, e José Francisco “Chico Kamanguista”, seu amigo. Este último disse à justiça francesa que, do montante apreendido, 100,000 euros eram seus.
Chico Kamanguista também é  conhecido como sendo o principal sócio do filho do presidente, José Filomeno dos Santos “Zenú”, nos seus negócios imobiliários. Estão actualmente envolvidos na construção de edifícios e de um hotel na zona da Chicala, em Luanda.
Entre os documentos de Chico Kamanguista, a polícia francesa encontrou documentos pessoais de transacções de diamantes entre Angola, Suiça e Israel. Por lei, os diamantes angolanos devem ser vendidos, para o exterior do país, através da Sodiam. Essa empresa estatal é a central de compra e venda de diamantes de produção nacional, na qualidade de “Canal Único de Comercialização”, de acordo com o Decreto Executivo n° 156/06 do Ministério da Geologia e Minas.

 Julho 11, 2013
Fonte: Maka Angola

10/07/13

BENTO KANGAMBA ESCAPA PRISÃO COM PASSAPORTE DIPLOMÁTICO



 
Bento Kangamba
O general Bento dos Santos “Kangamba” escapou à detenção, há dias, no principado de Mónaco, por ser portador de um passaporte diplomático.
As autoridades francesas, segundo apurou o Maka Angola, tentaram a detenção do general, que se encontrava hospedado no Hotel Metrópole, em Monte-Carlo, com um séquito de 20 amigos. A polícia local pretendia interrogar e encarcerar o general por branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores, mas o general invocou imunidade diplomática para evitar a detenção.
Em causa está a apreensão de dinheiro, no valor de quase 3 milhões de euros (cerca de US$ 4 milhões), e da detenção de cinco indivíduos, que transportavam o dinheiro, de Portugal para a França, para pagamento do vício do general pelo jogo. O Hotel Metrópole fica a 50 metros do Casino Monte-Carlo, o local preferido para os jogos do general, que também é o secretário do comité provincial de Luanda do MPLA para organização e mobilização periférica e rural. Os cinco indivíduos encontram-se detidos por branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores.
As apreensões tiveram lugar em duas ocorrências separadas no dia 14 de Junho, no sul de França, envolvendo dois veículos de matrícula portuguesa. Na primeira ocorrência, à uma hora da manhã, nas portagens de Arles, foram apreendidos 2 milhões de euros, transportados na bagageira de um Mercedes, acomodados em 40 maços de notas, num saco de plástico e numa caixa de sapatos. O motorista do veículo, Daniel de Andrade Moreira, de nacionalidade portuguesa, que se fazia acompanhar da sua esposa, disse às autoridades francesas que o dinheiro lhe havia sido confiado por um amigo angolano, Carlos Silva. O casal tinha por missão entregar o dinheiro a Carlos Silva, no hotel Le Métropole, em Monte Carlo, no Mónaco, onde este organizava uma festa para o general Bento Kangamba, que ali se encontrava de férias com um grupo de cerca de vinte amigos. Daniel de Andrade Moreira disse ainda que Carlos Silva é empregado de Bento Kangamba. As diárias de quarto mais barato, no referido hotel, são em média 600 euros (acima dos US $770) e uma simples refeição ultrapassa os 200 euros por pessoa.
A segunda apreensão ocorreu cerca de sete horas mais tarde, nas portagens de Saint-Jean de Védas (Hérault), a cerca de 80 quilómetros do local da primeira ocorrência. A polícia deteve os ocupantes de um segundo Mercedes, Anércio Martins de Sousa e Gaudino Vaz Gomes, de nacionalidade angolana e cabo-verdiana respectivamente, que transportavam 910 mil euros. O motorista explicou que o dinheiro se destinava à compra de um imóvel em Nice e que ele receberia 10 porcento do montante por fazer o transporte até ao seu proprietário, José Francisco.
Os ocupantes do segundo Mercedes foram levados para a esquadra de Montpellier, onde outros quatro indivíduos se apresentaram para os libertar e recuperar o dinheiro. Os quatro foram também detidos, entre eles José Francisco. Outro dos detidos, Carlos Filomeno de Jesus Lima da Silva “Carlos Silva”, era portador de 60 mil euros e de um cartão bancário em nome do general Bento dos Santos “Kangamba” e disse às autoridades que estava de férias no Mónaco com um grupo de amigos. O mesmo Carlos Silva revelou à justiça francesa a leveza e a regularidade com que o general Bento Kangamba movimenta milhões de dólares, em sacos e malas, em Angola. “Em Angola, é normal [ele o Bento Kangamba] transportar o seu dinheiro assim.”
Hotel Metrópole em Monte Carlo, onde se hospedou Kangamba e um séquito de 20 pessoas que o acompanhava...
Segundo declarações de Nuno Jorge Avelar Santos Vieira, motorista profissional, ao juiz de instrução, Carlos Silva é secretário do general Bento Kangamba.
Maka Angola contactou o advogado Jorge Mendes Constante, indicado como sendo o defensor dos detidos. Este referiu que ainda não foi constituído advogado, mas confirmou a que alguns dos suspeitos continuam detidos, sem ter avançado nomes ou o teor das acusações.
Afirmou ainda que o bastonário da Ordem dos Advogados de Marselha, Erick Campana, foi contratado para defender os suspeitos. Maka Angola tentou o contacto com Erick Campana, sem sucesso.
O General da Impunidade
Bento Kangamba goza da protecção incondicional do Presidente José Eduardo dos Santos, de quem é sobrinho por afinidade. É casado a Avelina dos Santos, sobrinha do Presidente e directora-adjunta do seu gabinete, num caso flagrante de nepotismo. O general Bento Kangamba ocupa um gabinete na Casa de Segurança do Presidente da República, dirigida pelo general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Nesse gabinete é reverenciado por ter um “saco azul”, com milhões de dólares à sua disposição e sem prestação de contas, para operações tenebrosas e satisfação dos seus caprichos pessoais, como o vício do jogo.
O mais grave é o uso impune de Portugal e a cumplicidade das autoridades deste país. Regularmente, tem havido denúncias de utilização do aeroporto de Lisboa como ponto de passagem anual de milhões de dólares, em malas e sacos, por “mulas” de membros do regime angolano. Portugal é hoje uma autêntica lavandaria para branqueamento de capitais saqueados em Angola.
Quando está em Lisboa, Bento Kangamba é conhecido por ocupar, com regularidade, um andar inteiro no Hotel Sheraton, para si e a sua corte. Normalmente viaja com uma coluna de Mercedes pela Europa, em parte, para evitar viajar de avião.

Fonte: Maka Angola

09/07/13

EX-MINISTRO CHINÊS CONDENADO Á MORTE POR CORRUPÇÃO





Justiça chinesa considera que o ex-governante infligiu "perdas colossais" ao património público, violando os direitos e interesses do Estado e da população.
Liliana Coelho

O Tribunal Distrital de Beijing condenou à morte o ex-ministro chinês das Ferrovias, Liu Zhijun, com pena suspensa por dois anos, por corrupção e abuso de poder.
Segundo o juiz, ficou provado que durante 25 anos, entre 1986 e 2011, o governante chinês recebeu subornos no valor de 8,2 milhões de euros e ajudou 11 pessoas a conseguirem lucrativos contratos e promoções.
"Liu Zhijun infligiu perdas colossais ao património público e violou os direitos e interesses do Estado e do povo. O tribunal retira o seu direito à vida e confisca todas as suas propriedades ", afirmou o juiz, durante a leitura da sentença, altura em que o ex-ministro se desfez em lágrimas.
A pena será comutada em prisão, devendo o ex-governante ficar pelo menos 10 anos detido, de acordo com a BBC. Liu Zhijun tem 60 anos.
Segundo o "The Beijing Times", todos os bens pessoais de Liu Zhijun, que incluem 16 carros e mais de 350 apartamentos, serão confiscados.  
Liu Zhijun dirigiu o processo da modernização do sector, que inclui a construção de mais de 16.000 mil quilómetros de linha de alta velocidade ferroviária até 2020.
Em 2011, o governante foi também acusado de negligência, após o acidente de comboio na cidade de Wenzhou, que causou 40 mortos e centenas de feridos.


08/07/13

BENTO KANGAMBA: USD $4 MILHÕES APREENDIDOS PELA POLÍCIA FRANCESA

A MÁFIA DO PODER


A polícia francesa apreendeu perto de 3 milhões de euros (cerca de US $4 milhões) e deteve cinco indivíduos, acusados de branqueamento de capitais e crime organizado, num caso que envolve o general Bento dos Santos “Kangamba”, dirigente do MPLA e figura próxima do presidente José Eduardo dos Santos. A informação foi divulgada pelo jornal francês La Provence.
As apreensões tiveram lugar em duas ocorrências separadas no dia 14 de Junho, e as viaturas que transportavam o dinheiro partiram de Portugal. À uma hora da manhã, nas portagens de Arles, no sul de França, a policia alfandegária encontrou na bagageira de um Mercedes de matrícula portuguesa, acomodados num saco de plástico e numa caixa de sapatos, 40 maços de 50,000 euros cada. O motorista do veículo, Daniel de Andrade Moreira, de nacionalidade portuguesa, disse que se dirigia ao Mónaco para entregar o dinheiro.
Sete horas mais tarde, nas portagens de Saint-Jean de Védas (Hérault), a cerca de 80 quilómetros do local da primeira apreensão, a polícia deteve os ocupantes de um segundo Mercedes, Anércio Martins de Sousa e Gaudino Vaz Gomes, de nacionalidade angolana e cabo-verdiana respectivamente, que transportavam 910 mil euros. O motorista explicou que o dinheiro se destinava à compra de um imóvel em Nice e que ele receberia 10 porcento do montante por fazer o transporte do dinheiro até ao seu proprietário, José Francisco.
Os ocupantes do segundo Mercedes foram levados para a esquadra de Montpellier, onde outros quatro indivíduos se apresentaram para os libertar e recuperar o dinheiro. Os quatro foram também detidos. Um deles, Carlos Filomeno de Jesus Lima da Silva, era portador de 60 mil euros e de um cartão bancário em nome do general Bento dos Santos “Kangamba”.
Por sua vez, José Francisco, disse ser o proprietário de apenas 100 mil euros, de entre o montante apreendido, que se destinaria a gastos de jogo no casino Metrópole no Mónaco. José Francisco reconheceu também, como seus, vários registos de movimentos bancários, no valor de vários milhões de euros, também apreendidos, relativos a transações de diamantes entre a Suíça, Angola e Israel.
O angolano Carlos Filomeno de Jesus Lima da Silva, de 47 anos, natural de Malange, disse ao juiz Charles Duchaine, na audiência em tribunal, que o dinheiro não teria origem criminosa: “Em Angola é normal transportar dinheiro assim. Eu não sou criminoso”. Em 2004, o suspeito obteve a nacionalidade portuguesa.
Durante a sua audição, José Francisco revelou o suposto destino que seria dado ao dinheiro, argumentando também ser normal, em Angola, a circulação com malas e caixas de dinheiro. “O Bento [Kangamba] explicou-me que as apostas nos casinos do Mónaco são muitos elevadas e podemos chegar a gastar oito mil euros em cinco minutos”, justificou.
Quem é Bento Kangamba?
A 7 de Maio de 2012 , um tribunal de Sintra, Portugal, ordenou a penhora de bens detidos por Bento Kangamba, nesse país europeu, para a execução de uma dívida de mais de um milhão de euros ao cidadão português Manuel Lapas. Entre os bens penhorados constavam um apartamento de Bento Kangamba na freguesia de Oeiras, duas viaturas de luxo Mercedes-Benz e seis contas bancários no Millenium e Banco Espírito Santo, com um valor irrisório e total de €15,035. No entanto, recentemente, o general adquiriu um apartamento de Luxo (uma penthouse) para o seu sogro, na zona da Expo, em Lisboa e adquiriu, há dias, uma vivenda de luxo no principado de Mónaco, avaliada em vários milhões de euros.
Bento Kangamba é membro da família presidencial por via do seu casamento com Avelina Escórcio dos Santos, filha de Avelino dos Santos, o irmão mais velho de José Eduardo dos Santos.
Em Abril de 2012, o presidente José Eduardo dos Santos, na qualidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), promoveu Bento Kangamba ao grau militar de general de três estrelas.
A 27 de Outubro de 2000, o Tribunal Supremo Militar havia condenado o então brigadeiro na reserva, a uma pena única de dois anos e oito meses de prisão maior, por cúmulo jurídico, como autor de crime de conduta indecorosa, burla por defraudação e dois crimes de falsificação de documentos. O empresário foi ainda condenado a pagar uma indemnização no valor de US $427,531 à empresa portuguesa Filapor – Comércio Internacional Lda, com sede em Portugal, que foi vítima de burla.
A 19 de Junho de 2002, Bengo Kangamba foi de novo condenado pela justiça angolana, quando o Tribunal Supremo condenou Bento Kangamba a uma pena de quatro anos de prisão maior, por crime de burla por defraudação, bem como ao pagamento de uma indemnização de US $75 mil às empresas Nutritiva e Lokali.
Em Outubro passado, José Eduardo dos Santos nomeou a sua sobrinha, Avelina dos Santos, para o cargo de directora-adjunta do gabinete do Presidente da República.
Bento Kangamba passou a dispor de um gabinete na Casa de Segurança do Presidente da República, a partir da qual tanto dirige os seus negócios como intervém em assuntos de Estado. A 14 de Maio passado, ligou, à meia-noite, para o ministro do Interior, Ângelo Tavares, tendo solicitado que este enviasse logo pela manhã, ao seu gabinete, o director da Direcção Nacional de Investigação Criminal, (DNIC), comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre.

 Fonte: Maka Angola , julho 8, 2013