10/06/13

EMPOSSADO SECRETARIADO EXECUTIVO NACIONAL




Em destaque Leonel Gomes, Secretário Executivo (foto arquivo)
Luanda  -  O Presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel Epalanga Chivukuvuku, empossou o Secretariado do Executivo Nacional do seu Partido, na manhã de 6 de Junho do corrente ano num dos hotéis da cidade capital. Este órgão que tem a incumbência de velar pela linha politica e ideológica, bem como a materialização de seus objectivos, conta com 20 secretariados e é coordenado por Leonel Gomes, na qualidade de Secretário Executivo Nacional, coadjuvado por David Kisadila.

Por Luísa Pedro

O cerimonial, breve, conciso e expressivo, serviu para legitimar os 20 proeminentes membros da CASA-CE nas vestes de Secretários Nacionais do Executivo, já nomeados no dia 05 de Abril, logo na sequência do I° Congresso Extraordinário, realizado nos dias 2, 3 e 4 de Abril de 2013, na Tenda de Conferências Internacionais de Talatona.

Na ocasião e depois de terem sido apresentados um à um e de terem assinado o Livro Protocolar da Ordem de Serviço, o Presidente aproveitou o ensejo para deixar algumas palavras de reflexão e linhas orientadoras, numa espécie de guia de conduta e acção de todos aqueles que doravante estarão a testa destes órgãos reitores do Secretariado Politico do Executivo Nacional, lembramos, capitaneado pelo Dr. Leonel Gomes.

Na presença dos órgãos da Comunicação Social, Chivukuvuku manifestando preocupação pelo clima de insegurança que se vive com realce para os últimos tempos, começou por solicitar a augusta assembleia a prestação de um minuto de silêncio em memória dos três polícias e dois compatriotas membros da UNITA que também foram barbaramente assassinados em Cacuaco em Luanda e endereçou condolências aos familiares dos três polícias e os dois dirigentes da UNITA mortos por elementos ainda desconhecidos. “Apesar de serem cinco cidadãos angolanos pais de famílias, maridos e que deixam as suas famílias hoje enlutadas e desprotegidas, é uma preocupação a dois níveis”, disse o Presidente da CASA e continuou:

-       De um lado porque se começa a notar um nível crescente de criminalidade e que dá indicadores de problemas decorrentes do contexto social que o país vive, de extrema pobreza, desigualdades sociais.


-       Do outro, também indicadores de fraquezas dos valores morais, espirituais que fazem com que as pessoas perpetuem coisas inacreditáveis como aconteceu com a gerente do Banco Millenium, Barbara de Sá Nogueira, um crime inaceitável. É esse nível de preocupação quanto ao acréscimo e subida da criminalidade não só em Luanda, mas em todo país.

É extrema preocupação se é que estamos outra vez a embarcar em crimes de natureza politica. Precisamos de garantir ao país estabilidade; precisamos de garantir ao país serenidade para que todos possamos trabalhar no sentido de fazermos face aos grandes desafios que o país tem e para os quais o regime tem demonstrado falta de vocação e falta de visão. Agora, se acrescermos aos problemas que já temos, são problemas estruturais da sociedade, mais outros problemas que mais dificuldades estão a criar na própria evolução do país. Espero que haja responsabilidade para que todos possamos abordar os nossos problemas com responsabilidade. Os próximos tempos temos intenção de dialogar com as entidades do nosso país para podermos abordar todas estas questões.

Quanto as acusações feitas pela UNITA à polícia nacional, ainda não temos dados. É possível que a UNITA tenha dados, mas não nos comunicaram, não temos dados que possam confirmar. Só esperamos que não estejamos a voltar outra vez para um ambiente de crimes políticos. É verdade porque já temos muito trabalho a fazer para combater a criminalidade comum, e a criminalidade comum não se combate só com a repressão como o ministro do interior Ângelo Veigas veio a público dizer, tem que haver medidas de ordem politica, económica, social estrutural para fazermos com que todo cidadão tenha espaço de realização e não precise de reverter a criminalidade.  
Depois do minuto de silêncio, Abel Chivukuvuku dirigiu-se aos secretários nos seguintes moldes:
Vou dedicar breves palavras para os recém empossados. Em primeiro lugar para felicitar a todos os que assumem hoje responsabilidades do Secretariado Executivo da CASA-CE e exortar para que cada um com responsabilidade assuma totalmente a sua área de acção.

O dirigente da CASA-CE tem que saber representar condignamente a direcção da CASA e os ideais da CASA-CE;
O dirigente da CASA, tem que ter a capacidade de entusiasmar seus subordinados e os sues colaboradores;
O dirigente do Secretariado Executivo tem que ter capacidade e preocupação permanente para garantir a coesão no seio da nossa coligação e sobretudo desenvolver práticas de diálogo sempre que haja diferença e diferendos;
O dirigente da CASA-CE tem que ter a capacidade de planificar e organizar periodicamente as actividades e desenvolver de acordo com os objectivos superiormente estabelecidos; não pode haver improvisações que não iremos tolerar;
O dirigente da CASA-CE tem que ser activo e trabalhador, mas também tem que saber delegar tarefas já planificadas aos seus subordinados e colaboradores. Ninguém pense que pode fazer tudo sozinho. Trabalhando juntos podemos produzir melhor;
O dirigente da CASA-CE tem que saber dinamizar e acompanhar a execução das actividades planificadas. Não chega planificar porque é teórico. Importa saber teorizar, mas depois transformar na prática a execução daquilo que for teorizado;
O dirigente da CASA-CE, depois de planificar, depois de dinamizar a execução tem que ter capacidade de verificar, controlar e balancear periodicamente o nível de execução das actividades estabelecidas;
O dirigente da CASA-CE, tem que saber gerir com transparência os parcos recursos disponíveis e prestar contas da execução financeira e patrimonial. Não chega falarmos; temos que ser exemplo daquilo que nós dizemos;
O dirigente da CASA-CE, tem que ser um permanente defensor dos interesses do cidadão. A CASA só tem sentido de existir se for para lutar pelos profundos interesses do cidadão e dos mais desfavorecidos em particular;
O dirigente da CASA-CE, tem que se assumir como a voz dos que não têm voz. O simples angolano que no mais recôndito espaço do território nacional não tem voz para defender os seus interesses. A voz dele tem que ser o dirigente da CASA-CE;
O dirigente da CASA-CE, tem de servir de exemplo aos seus colaboradores e subordinados. Não basta ser chefe, mas sim a autoridade advém do exemplo que se transmite pelo trabalho, irmandade e de abertura para abordagem de todos os assuntos da vida da nossa organização;
O dirigente da CASA-CE, tem que ter boa imagem e credibilidade junto do cidadão eleitor.
Esses são, de entre outros os pressupostos de postura e o papel que esperamos de todos vós e através do qual também todos aqui colectivamente julgaremos as vossas acções e as vossas actividades.
Temos enormes desafios nos próximos tempos. A CASA-CE representa hoje a expectativa e a esperança do cidadão. Cabe a todos vós dirigentes da CASA-CE fazer com que esta expectativa não seja gorada, mas se realize a curto prazo.
Temos o desafio de sermos o factor relevante da vida politica nacional em 2015, nas eleições autárquicas, mas temos também o desafio de ser o factor determinante da vida política nacional a partir de 2017. Para que possamos ser um factor relevante 2015 e factor determinante em 2017, a CASA estabeleceu os cinco eixos estratégicos da sua acção:

1º Participação qualitativa _ em todos os nossos actos, em todas as nossas actividades, em todos os órgãos do Estado onde estamos, por sermos ainda pequenos, temos que demonstrar participação qualitativa e a nossa grandeza tem que vir da qualidade da nossa participação.

2º Crescimento_ como é do vosso conhecimento, concordamos todos no Congresso Extraordinário realizado em Abril deste ano, que a CASA tem que crescer e atingir em Dezembro de 2014 mais de dois milhões e quinhentos mil novos membros. Essa é tarefa de todos, mas fundamentalmente do Secretariado Executivo Nacional, através das campanhas periódicas de recrutamento de novos membros e apresentar balanços periódicos.

3º Transformação_ tal como vem estabelecido nos Acordos Constitutivos reafirmado durante o I° Congresso Extraordinário, a CASA-CE, hoje Coligação vai se transformar até Abril de 2016 em Partido político. Para tal, o Conselho Presidencial já iniciou a estruturação do calendário de preparação das forças politicas, hoje parte da CASA. Assim, o Palma vai realizar em Agosto deste ano o seu Congresso de preparação para a transformação. O PPA vai também fazer o seu Congresso de preparação para transformação em Setembro deste ano.

4º Consolidação_ não basta estruturarmos teoricamente, não basta indicarmos os responsáveis dos pelouros, não basta termos os secretários provinciais se a máquina não for funcional. É preciso consolidar as estruturas para que elas ganhem funcionalidade que possa garantir a materialização dos programas e atingir os objectivos nos prazos estabelecidos.

5º Afirmação_ a CASA-CE tem que se afirmar no firmamento político nacional como a força politica, esperança dos angolanos e capaz de estruturar a transformação positiva ordeira pacifica que o país precisa. Nos próximos tempos, é inevitável a mudança em Angola, mas é preciso garantirmos que a qualidade dessa mudança seja positiva, ordeira e pacífica e também fazermos com que a CASA-CE seja o factor determinante desta transformação.

É por isso que reitero mais uma vez os parabéns aos companheiros indicados, mas fiquem a saber que só o trabalho determinara se foi a escolha certa neste momento. Obrigado!

Via Club K

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